terça-feira, 4 de outubro de 2022

A Aposta

                      por Bianca Marx -biancamarx@hotmail.com


Estávamos todos juntos para assistir ao jogo. Palmeiras e Corinthians, 1º jogo das finais do campeonato. Eu e Marcelo, palmeirenses. Cíntia, Paulo, Sônia e Ricardo, (os casais de namorados) corintianos. Nos conhecíamos desde a época da faculdade e apesar de sermos quatro homens e duas mulheres, estávamos sempre juntos, e a amizade entre nós se fortaleceu cada vez mais. Ao ouvirmos a escalação dos times, uma surpresa ! O Palmeiras entraria com o time reserva ! Até aí tudo bem, afinal os reservas do Palmeiras eram os melhores do Brasil. Então eu ainda acreditava, como Marcelo, que conseguiríamos um empate e então fizemos a proposta.

- Apostamos que o Palmeiras ainda arranca um empate hoje !

E entre gozações e provocações Sônia disse :

- Aceito a aposta. Vamos apostar o quê ?

- O que você quiser, respondi.

- Fechado.

O jogo termina e apesar de toda a minha torcida o Palmeiras perde: 3 a 0.

Bem, hora de pagar a aposta.

- Muito bem Sônia. Aposta é aposta ! Como devemos pagar ? - perguntei.

- Calma, você está muito apressado. Vamos combinar o seguinte: no próximo sábado nos encontramos novamente aqui na minha casa e então você e o Marcelo pagarão a posta, OK?

- Combinado .

E depois de mais algum papo e mais algumas cervejas, fomos embora. Como sempre acontecia Marcelo e eu demos uma esticada, bebemos uns chopps e paqueramos algumas garotas.

Passei a semana inteira curioso, até que finalmente o sábado chegou. Conforme o combinado, Marcelo passou em minha casa e me deu uma carona até a casa da Sônia. Quando chegamos lá todos já estavam reunidos e depois de alguns dedos de prosa, o assunto da aposta voltou à baila.

- Está na hora de pagarem a aposta ! - Sônia disse e olhou para Cíntia, que pelo jeito era a única que sabia de seus planos.

- O Marcelo espera aqui e você vem até meu quarto.

Me encaminhei super curioso até seu quarto, não esperando de maneira alguma o que estava por vir. Depois de trancar a porta, Sônia ordenou:

- Tire sua roupa !

- Espere um pouco - respondi - tirar a roupa para quê ?

- Para pagar a aposta ! Tire a roupa !

- Espere um pouco Sônia, vai pegar mal, seus namorados estão ali na sala.

- E o seu também !!!

- O meu o quê ?!?!?

- Namorado. O seu namorado! Vocês não disseram que apostariam qualquer coisa? Então você e o Marcelo vão ter que sair com a gente como se fossem namorados. Assim formaremos três casais.

- Espere um pouco, porque vocês me trouxeram aqui e não o Marcelo ?

- Porque ele é maior que você e ninguém acreditaria que ele fosse uma moça.

Realmente Marcelo era um rapaz enorme : 1,85, 90 Kg, com músculos bem desenvolvidos através de muita musculação.

- Espere - ainda protestei - isso não vai dar certo e além do mais eu não quero ser gozado por vocês para o resto da minha vida.

- Acalme-se ! Todos levaremos na brincadeira se você levar...

E ainda protestando fui despido de minhas roupas, deixado só com a roupa de baixo.

- Agora vá até o banheiro e vista isto .

Deram- me uma calcinha, preta, de renda, pequenininha. Fui até o banheiro, tirei minha roupa de baixo e tentei colocá-la.

- Desculpem, mas não cabe tudo aqui dentro ! - gritei

- Não sabe esconder ? Ponha prá trás e vista a calcinha por cima !

Tentei colocar pra trás e logo da primeira vez deu certo ! Incrível, tudo escondido ! Saí do banheiro e ainda falei :

- Esperem um momento ! Ninguém vai acreditar que eu sou uma garota também. Veja só meu rosto ! Isso vai dar encrenca !

- Aposta é aposta ! E você vai ter que pagar ! Além do mais faremos uma transformação em você e não deixaremos nada de mal lhe acontecer. Confie em nós...

Falando isso pegou um soutien para vestir em mim e me analisando por alguns momentos, disse:

- Engraçado. Você tem seios de menina-moça. Quase não precisaria de enchimentos, mas, vamos caprichar !

E, me ajudando a colocar o soutien, colocou também alguns enchimentos, que me deixaram com peitos de Pamela Anderson. O espelho do quarto foi virado para que eu só pudesse ver o resultado final ! Me colocaram umas meia-calças pretas, grossas, de inverno e um tailleur de lã xadrez. Deram-me sapatos de salto e começaram a me maquiar. Depois de algum tempo, disseram :

- Está quase pronta ! Agora a surpresa !

Colocaram-me uma peruca e unhas postiças, bem vermelhas.

- Compramos especialmente para você !

Me pentearam e me deram uma dessas mochilinhas, já cheia de coisas !

- Aqui tem tudo que uma garota precisa para sair à noite...um pouco de perfume, ...e agora sente-se ali na cadeira.Sentei-me.

- Assim não ! Tente ser mais feminina. Cíntia, vire o espelho agora, para que ela possa se ver.

Olhei para o espelho e senti um choque. Na verdade fiquei excitado com a garota que estava nele. Sentei-me novamente e por incrível que pareça senti um certo prazer em me sentar "femininamente".

- Procure agir sempre assim e tudo vai dar certo. Agora vamos até a sala...

Chegando lá toda a turma caiu na gargalhada ! Marcelo ficou preocupado e disse:

- Vocês não vão fazer isso comigo também, vão ?

- Não seu bobo ! Você vai ser o namorado da Bianca !

- Bianca - disse eu - vão me chamar de Bianca ?

- Sim daqui pra frente e até amanhã você será Bianca !

Após alguns protestos de todas as partes saímos para realizar o plano da Sônia. Eles quatro em um carro e eu e o Marcelo em outro. Seguimos o carro deles e fomos parar em um barzinho. Saíram do carro e vieram até o noso:

-É aqui !

-Eu não vou sair do carro, de jeito nenhum ! - protestei.

-Vai sair sim, seu estraga-prazeres - e praticamente me arrancaram de lá.

- Marcelo, abrace sua namorada, pois não fica bem ela entrar sozinha ! -ainda disse Sônia.

Senti uma mão no meu ombro e repirei fundo. Vamos lá !

E mais algumas gozações e risadas depois, entramos.

Entrando no barzinho fiquei mais tranquila, pois era bem escuro, com uma pista de dança no centro e pequenas mesas em volta. Sentamos e pedimos uns drinks. Procurava falar somente com meus amigos, para evitar maior constrangimento do que eu já estava passando. Drink prá lá, drink prá cá, comecei a me soltar, afinal estava entre amigos e o négocio era me divertir. Marcelo agiu da mesma forma e entramos na brincadeira.

Quando o DJ colocou uma seleção de músicas românticas, a gozação foi geral, e os três casais tiveram que ir dançar. Sem nenhuma intimidade com os sapatos de salto alto, o jeito para não cair era segurar no Marcelo, e assim "dançamos" uma ou duas músicas, com a insistência dos amigos:

- Aperta mais, Marcelo ! Dança mais agarradinho.

E, como parte da brincadeira, assim fizemos.

Voltamos a sentar e algo estranho aconteceu. Por baixo da mesa senti uma mão na parte de dentro da minha coxa. Confesso que fiquei arrepiada e instintivamente fechei as pernas. Marcelo achou que eu estava gostando e repetiu a carícia. Não sei se pelo excesso de álcool, mas gostei daquilo. Coloquei minha mão sobre a dele e também lhe fiz umas carícias, isso sem ninguém se aperceber. Ele apertou minha perna e eu comecei a vagarosamente esfregar as pernas, sentindo cada vez mais aquela mão me acariciando e fiquei excitada. Muito excitada ! Pouco tempo depois todos decidiram que era hora de voltar, e assim como entramos no bar, saímos : os casais de namorados, e Marcelo e eu, abraçados (só que agora, ABRAÇADOS !!!). Nos despedimos e entramos nos carros. Perguntei a Sônia sobre as roupas e ela me disse que em outro dia pegaria de volta. Marcelo então me levou para casa e pelo caminho continuou a me acariciar. Álcool demais, pensei, mas estava gostando daquilo. Chegando em minha casa, na hora de nos despedirmos, não resisti e convidei:

- Quer entrar para tomar a saideira ?

E quem não resistiu foi ele, que se aproximou de mim e num repente, me beijou a boca, enquanto sua mão percorria minha perna. Senti aquela boca me beijando, aquela língua me penetrando e fiquei toda arrepiada, como nunca tinha ficado antes. Marcelo, meu companheiro de "balada", com qual saía sempre para caçar umas gatas, estava me beijando ! E eu...adorando. Saímos do carro e alí mesmo na rua demos um amasso daqueles de novela de TV. Entramos em casa e perguntei:

- O que vai querer?

- Você !

- Pare ! a brincadeira já acabou !- disse eu, de maneira bem afetada e torcendo para que ele não parasse.

E ele não parou. Me agarrou, me beijou o pescoço e as orelhas e me "bolinou" todinha . Minha cabeça dava voltas ! Super confusa estava indecisa : deixava as coisas acontecerem, no caminho que iam, ou parava tudo naquele instante. estava muito excitada para parar por aí, mas também nunca me imaginei como passiva numa relação. Sem saber o que fazer, disse:

- Vou até o banheiro ! Fique á vontade.

Chegando ao banheiro me olhei novamente no espelho e senti minha excitação crescer cada vez mais. Pensava desordenadamente no que fazer : no que queria fazer, e no que deveria fazer . Decidi que seria melhor encerrar a noite. Nunca sequer pensei em ter uma relação com um homem e estava ali, a um passo de fazê-lo. Sai do banheiro firme em meu propósito de me despedir de Marcelo, e mandá-lo para casa. Andei até a sala e ouvi o barulho dos saltos no chão. Um arrepio me varreu a espinha nesse momento e entrei na sala ainda tentando parecer uma garota. Parte de mim lutava contra os sentimentos e as sensações que a outra parte desejava. Marcelo, ao me ver novamente à sua frente, convidou-me a sentar a seu lado, no sofá. Sentei-me e , instintivamente, cruzei as pernas.

- Tudo bem, Marcelo, mas só vamos conversar e acabar com esse mal-entendido...

- Tudo bem ! - respondeu e colocou novamente a mão sobre minha perna, enquanto a outra veio até meu pescoço e começou a fazer carinhos, brincando com minhas orelhas e meus brincos.

Fiquei paralisada ! Não conseguia dizer a ele que fosse embora, mas também não conseguia fazer ou falar mais nada. Lentamente Marcelo pegou a minha mão e começou a dirigi-la para seu membro, enquanto se aproximava de mim no sofá e começava novamente a me abraçar.

Quando minha mão encontrou seu membro super-rígido, um arrepio tomou conta de mim e comecei, com a ajuda de Marcelo a acariciá-lo. Meu tesão foi aumentando e a coragem também. Deixei a vontade que sentia dentro de mim extravasar e comecei a abrir o zíper daquela calça, que separava meu corpo daquele. Tive uma ENORME vontade de colocar tudo aquilo na minha boca. Depois que Marcelo percebeu que eu não estava mais lutando contra minhas vontades me abraçou com mais força e me beijou novamente, profunda e apaixonadamente, enquanto aos poucos ia levantando minha saia. A vontade de chupar aquele membro continuava latejando em minha cabeça e , não resistindo mais, me ajoelhei à sua frente e comecei a lambê-lo, primeiro de uma maneira medrosa e até "exploratória", mas aos poucos de uma maneira muito mais gulosa e gostosa. Enquanto me divertia lambendo o membro de meu companheiro senti que sua mão apalpava minhas coxas e minhas nádegas. Aos poucos foi abaixando minha meia-calça e afastando minha calcinha. Abri as pernas e senti algo me invadindo. Um dedo ! Não agüentei mais de tesão e coloquei todo aquele membro na boca e chupei, e chupei, e chupei, até que senti que algo estava saindo dele.

- Que boca gostosa...- disse Marcelo - Quer tentar algo mais... profundo?

- Sim - disse eu - tudo que você quiser me dar.

- Então apóie-se no sofá.

Assim fiz . Com o tronco sobre o sofá e ajoelhada no chão senti Marcelo se aproximar por trás e esfregar suas coxas e seu membro em mim.

- Me faça gozar. - ele disse

Aos poucos fui sentindo algo maior que um dedo me penetrar. E conforme ia me penetrando, doía, mas mais eu gostava. E, quando todo ele já estava dentro de mim, comecei a me mexer, aproveitando cada movimento que fazíamos e me sentindo uma mulher ! Ouvia a respiração ofegante de Marcelo, e sentia seu esforço em ser carinhoso enquanto me enrabava. A cada movimento de Marcelo sentia todo meu interior se agitar e quando a respiração dele foi ficando mais e mais ofegante senti que iríamos gozar. . Gozamos juntos: ele dentro de mim, e eu sobre o tapete da sala. Sem masturbação, mas apenas com as bombadas fortes de Marcelo dentro de mim.

Aos poucos fomos nos separando e eu corri novamente ao banheiro. E agora ? - pensei. Será que sou gay ? Como vou voltar a sala e encara o Marcelo ? Como vou poder esquecer o que senti hoje ? Como vou conseguir não desejar mais ser a fêmea de um homem ?

Me enchendo de coragem voltei a sala, e encontrei apenas um bilhete de Marcelo.

"Achei que seria melhor que eu fosse embora. Me perdoe se a magooei. Mas saiba que foi delicioso. Nos falamos amanhã."

Para ser sincera fiquei aliviada. Não precisaria encará-lo naquele momento e poderia tentar esquecer o que houve.

Caí na cama ainda com as roupas da Bianca e dormi profundamente. Acordei no outro dia e, me vendo vestida daquele jeito, lembrei-me do acontecido. Minha cabeça doía e dava voltas. Tomei um banho e tentei não pensar no assunto, mas não conseguia esquecer. Durante toda a manhã andei pela casa, com vergonha de sair à rua, e pensando no que aconteceu, até que tocou a campainha :

- Flores para a Srta. Bianca !

- Flores ?

Quando abri o cartão, assim estava escrito.


Bianca

Bom dia !!! Gostaria que soubesse que eu não estava "bêbado" o suficiente para não saber o que estava fazendo. Nem a ressaca de hoje é tão forte que me fez esquecer a noite maravilhosa que tivemos juntos. Você é maravilhosa e espero, muito mesmo, poder vê-la de novo. De minha parte ninguém nunca saberá o que houve e aguardo seu telefonema para podermos conversar.

Um beijo apaixonado,

Marcelo


Fiquei confusa, muito confusa, e depois de alguns momentos relembrando a noite anterior, fui até meu quarto e, tremendo, comecei lentamente a colocar a calcinha...


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